Access the article here: https://doi.org/10.1017/hia.2023.4
History-telling is a gendered practice, and nowadays male elders are usually the ones most knowledgeable in these narratives. Moreover, telling these tales – which in interview situations involves personal interpretations and comments – the men also story gendered temporal worlds. This article looks more closely at two seemingly clashing (and incompatible) storylines that emerge in the oral history material. One tells of women’s spiritual-political power in the Yaawo chieftaincies in precolonial times, while the other tells a narrative of masculinised power and woman’s subordinate position in relation to male leaders. The article focus’s especially on how the male narrators talk about masculinity and how different models of masculinity in turn shape the historical narratives they tell.
Read full article for free (pre-publication view): https://onlinelibrary.wiley.com/share/author/JGDPBTIBGSGJWXQSYDKB?target=10.1111/1468-0424.12590
Traduzido por João Figueiredo
‘Acibiibi, Chefes e Outras Antepassadas Femininas’ é uma série fotográfica que documenta um projeto de história oral ainda em curso, sobre as mudanças históricas que condicionam o poder político e espiritual das mulheres do povo Yaawo do Niassa, no norte de Moçambique.
Recorrendo a fotogramas de vídeos de entrevistas e a retratos das principais narradoras e narradores, esta série explora as formas como o tempo quotidiano das nossas vidas e o tempo mais profundo (o tempo dos nossos antepassados) se entrelaçam e interagem nos encontros em que histórias orais são contadas.
Os Yaawo têm uma longa história de chefes femininas (mweenye vaakoongwe) e de outras figuras de autoridade política e espiritual (conhecidas primeiro como biibi [pl. acibiibi] e angaanga e, depois, como rainha). Apesar do sistema de chefatura, que é condicionado pelo género, e do próprio formato do poder feminino terem mudado significativamente ao longo do tempo, continuam a existir acibiibi, e algumas comunidades têm mulheres enquanto chefes.
Hoje, as acibiibi são recordadas não só nas narrativas de história oral das dinastias de chefes Yaawo que emergiram em meados do século XIX, como também em histórias familiares mais pessoais.